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Dinastia Qing: Ascensão, Conquista e Legado do Último Império Chinês


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A dinastia Qing (清朝, Qīng Cháo), ou Grande Qing, marcou o apogeu do poder imperial na China, sucedendo a um período de transição iniciado pela Dinastia Jin Posterior (後金, Hòu Jīn). Liderada pelos Jurchéns da Manchúria, a Jin Posterior lançou as bases para a eventual conquista de toda a China e o estabelecimento da duradoura dinastia Qing.


Da Dinastia Jin Posterior à Proclamação da Grande Qing

Em 1616, Nurhachi, chefe dos Jurchéns de Jianzhou, unificou as tribos Jurchéns e proclamou o estabelecimento da Dinastia Jin Posterior. O nome ecoava a antiga Dinastia Jin (1115-1234), também fundada pelo clã Jurchén Wanyan no norte da China.


Originalmente vassalo da Dinastia Ming, Nurhachi progressivamente consolidou seu poder, organizando seus seguidores em eficientes unidades sociais-militares conhecidas como "Estandartes".


A expansão da Jin Posterior foi marcada por confrontos com a Dinastia Ming. Em 1618, Nurhachi promulgou suas Sete Queixas, um manifesto que efetivamente declarou guerra aos Ming. Vitórias militares como a Batalha de Sarhū em 1619 expandiram significativamente o território sob controle Jurchén.


Um momento crucial ocorreu em 1635, quando a remanescente Dinastia Yuan do Norte se submeteu formalmente à Jin Posterior. No ano seguinte, o filho e sucessor de Nurhachi, Huang-Taiji, renomeou oficialmente o reino para "Grande Qing", um ato que simbolizava ambições imperiais que transcendiam a mera unificação das tribos Manchus e marcava o início formal da dinastia Qing.


A Conquista da China e a Expansão Territorial da Dinastia Qing

Durante a turbulenta Transição Ming-Qing, a recém-proclamada dinastia Qing demonstrou sua força militar e estratégica. Aproveitando a instabilidade causada pela rebelião de Li Zicheng, que derrubou a Dinastia Ming em 1644, os exércitos Qing, liderados pelo regente Dorgon, cruzaram a Grande Muralha após um acordo com o general Ming Wu Sangui.


A vitória decisiva sobre as forças de Li Zicheng na Batalha da Passagem de Shanhai abriu caminho para a captura de Pequim, a capital Ming. Apesar da resistência de legalistas Ming do Sul e de outros pretendentes, a dinastia Qing gradualmente consolidou seu controle sobre toda a China.


Ao longo de seu reinado, a dinastia Qing expandiu significativamente seu território, incorporando regiões como o Tibete, a Manchúria (sua terra natal), a Mongólia, Xinjiang e Taiwan. O império Qing se tornou um dos maiores e mais influentes da Ásia Oriental.


O Legado da Dinastia Qing

A dinastia Qing foi a última dinastia imperial da China, governando até a Revolução Xinhai de 1911, que estabeleceu a República da China. Seu legado é vasto e complexo, abrangendo transformações políticas, sociais e culturais que moldaram a China moderna.


A adoção do nome "Manchu" para o povo Jurchén unificado em 1635, a criação dos Oito Estandartes (incluindo estandartes Han e Mongóis) e a adaptação de instituições chinesas foram elementos cruciais para o sucesso da dinastia Qing.


O período Qing também foi marcado por um florescimento cultural, com avanços nas artes, literatura e filosofia, embora também tenha enfrentado desafios internos e externos nos seus últimos anos, culminando na sua eventual queda.


Em suma, a dinastia Qing, precedida pela sua fundação como Dinastia Jin Posterior, representa um capítulo fundamental na história da China, caracterizado pela conquista, expansão territorial e um legado duradouro que continua a influenciar a compreensão da história e da identidade chinesa.

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